Problematizações sobre alimentação em projetos de educação ambiental em escolas públicas municipais do Rio Grande, RS
Autor: Gessana Damasceno Gomes (Currículo Lattes)
Resumo
Esta dissertação apresenta problematizações concernentes à alimentação, a partir dos projetos de Educação Ambiental desenvolvidos em escolas públicas no município do Rio Grande, RS no âmbito do Programa Nacional Escolas Sustentáveis (PNES). A pesquisa teve como objetivo geral, compreender como a alimentação foi abordada nos projetos selecionados, durante o período delimitado entre 2013 e 2017. Foram elencados três objetivos específicos: 1) Conhecer os projetos de Educação Ambiental relacionados à alimentação, desenvolvidos durante a vigência do Programa Nacional Escolas Sustentáveis (PNES) nas escolas municipais do Rio Grande, RS selecionadas; 2) Observar quais foram as contribuições advindas dos projetos sobre a alimentação para a comunidade escolar; 3) Investigar de que forma os projetos desenvolvidos fomentaram a discussão acerca das questões ambientais que envolvem a alimentação. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com três professoras responsáveis pelo desenvolvimento dos projetos e três merendeiras que fizeram parte do contexto escolar das três escolas selecionadas para a realização da pesquisa. O corpus de análise foi composto pelas transcrições das entrevistas das colaboradoras da pesquisa, como forma de registro de seus relatos a respeito dos projetos de Educação Ambiental realizados. O processo analítico foi feito à luz da metodologia proposta por Minayo, culminando na produção de duas categorias: 1) Implantação e contribuições dos projetos nas escolas; e 2) Currículo e alimentação. As problematizações derivadas do processo analítico das informações empíricas, em diálogo com autores como Boff, Loureiro, Hernández e Ventura, Freire, entre outros, propiciaram o entendimento de que somos capazes de mudar alguns de nossos comportamentos diante das questões ambientais vinculadas à produção, consumo e desperdício de alimentos. Contudo, a implantação de projetos nas escolas, por si só, não é suficiente; é necessário o engajamento tanto da comunidade escolar como dos órgãos governamentais, no sentido de provocar mudanças de atitude nas relações que instauramos com os outros, cotidianamente, em todas as suas formas de vida humana e não humana.