Introduction

The Graduate Program in Environmental Education (PPGEA) aims at qualifying teachers-researchers capable of contributing to the production and dissemination of knowledge and its transformation in the field of Environmental Education in its multiple dimensions. Our major concern is the training of human resources in Environmental Education to all areas of knowledge. Currently, virtually all areas of knowledge developed at FURG have ties with Environmental Education, as already said above. The Program results from the creation of the Master’s Program, in 1994, and the Doctoral Program, in 2006. Based in an interdisciplinary perspective, the Program counts with the integration of teachers linked to different programs or course units that make up the new organizational structure of the Institution. It usually happens that teachers who work in different courses at the undergraduate level end up, as a consequence, showing an approach and a more critical incentive to students from different areas of knowledge that come to get involved in the area of Environmental Education. In parallel, this process results in the direct and indirect participation in activities developed and events promoted, and later they look at the Program (master’s and doctoral degrees) as an option for qualification at the graduate level. This movement of sensitization has been constituted in a positive trend in relation to our Graduate Program.

Tese - Raquel Avila Amaral

Microintervenções ecosóficas: sensibilização ambiental e os processos criativos autogestionados na formação em educação ambiental

Autor: Raquel Avila Amaral (Currículo Lattes)

Resumo

Esta pesquisa inspira-se na Ecosofia de Félix Guattari e no método da cartografia, proposto por Gilles Deleuze e Félix Guattari, manifestando a necessidade de produzirmos um pensamento que vá além do paradigma científico ao problematizar a dimensão instituída da realidade a fim de avançar na direção do paradigma ético-estético. As microintervenções ecosóficas realizadas e aqui analisadas são consideradas obras-vivas e constituem-se como rizomas, desenhos móveis interconectados, produzidos durante os processos criativos e denominados ECO mapa do rizoma. O campo de pesquisa das microintervenções ecosóficas é a horta comunitária da ONG Casa do Caminho e comunidades parceiras e o Projeto de Extensão Grupo de Teatro Interativo: laboratório de pesquisa e intervenção socioambiental (PPGEA/FURG). Os dados da pesquisa não foram coletados, mas produzidos rizomaticamente nas atividades realizadas na horta, nos desenhos livres feitos pela pesquisadora e nas oficinas de teatro (experimentações estéticas), além dos registrados no diário de campo pessoal e no diário de campo coletivo do Grupo de Pesquisa (CNPq) As Três Ecologias de Félix Guattari. As microintervenções ecosóficas são processos criativos geradores de novos modos de coexistência e possibilitam a criação de alternativas para lidar com os problemas socioambientais, intensificando transversalidades e ampliando as capacidades imaginativas, motoras, sensíveis, afetivas e intuitivas do humano. Enfatiza a necessidade de processos formativos em Educação Ambiental voltados para o desenvolvimento da criatividade, da ação-reflexão, da autonomia das pessoas e dos grupos, do aprendizado coletivo, da solidariedade, sensibilização ambiental, da autogestão grupal e do cuidado de si, do outro e do ambiente. A análise das microintervenções ecosóficas reforça a necessidade de promovermos pesquisas implicadas, com o envolvimento direto do pesquisador no campo de intervenção, abrangendo não só o escopo acadêmico, mas todas as esferas da vida, o próprio cotidiano da pesquisadora e os territórios percorridos por ela. Dessa forma, multiplicam-se possibilidades de interconexões, de acontecimentos e agenciamentos que compõem a análise, enquanto são produzidos conhecimentos que valorizam uma percepção sensível do ambiente e das relações humanas, através das experimentações estéticas. O método da cartografia contribui para a formação de grupos-sujeito, geradores de forças instituintes que tencionam os padrões instituídos socialmente, além da autogestão, esses grupos realizam a autoanálise do processo visando transformar a realidade em sua dimensão microssocial: a relação consigo mesmo, com o outro e com o ambiente em todas as suas formas e manifestações. Trata-se da produção de um conhecimento que emerge através de processos de reinvenção de si e do ambiente, de saberes que não são impostos pelo professor de forma verticalizada, mas de um conhecimento rizomático, sem uma raiz centralizada, mas abrindo espaço para o novo e a multiplicidade do pensamento. Dentre a multiplicidade de resultados que não se encerram em si, elencamos a produção autogestionada do filme Mãe, eu tô grávida do Grupo de Adolescentes do Posto de Saúde (CAIC/FURG). Dado o caráter processual da pesquisa e a complexidade que envolve suas práticas e reflexões, seus desdobramentos provocam resultados que se retroalimentam, perpetuando-se com os fluxos da vida, fazendo outras interconexões, produzindo novos sentidos, formações rizomáticas em constante transformação.

TEXTO TOTAL

Palavras-chave: Microintervenção ecosóficaProcessos criativosExperimentações estéticasSensibilização ambientalEducação ambiental