(Des) Conexões da política científica e tecnológica na educação ambiental: um estudo da interfaz Colômbia Brasil
Autor: William Leonardo Gomez Lotero (Currículo Lattes)
Resumo
Esta dissertação é uma pesquisa realizada no âmbito da linha de Fundamentos da Educação Ambiental do Programa de Pós-Graduação em Educação Ambiental da Universidade Federal do Rio Grande - FURG, com o objetivo de compreender a contribuição da Educação Ambiental nas Políticas Públicas de Ciência, Tecnologia e Inovação entre a Colômbia e o Brasil. As questões tecnológicas e científicas estão imbricadas com a questão ambiental no desenvolvimento de objetos, artefatos, sistemas e redes que transformam os processos sociais de criação, pesquisa, comunicação e conhecimento. Portanto, surge um pensamento estruturante para questionar e problematizar o tipo de desenvolvimento e ação política que os governos latino-americanos adotam para os processos de transformação social. Três objetivos específicos foram perseguidos: (1) descrever as Políticas de Ciência, Tecnologia e Inovação na Colômbia e no Brasil a partir da discussão de interesses sociais, ambientais e tecnológicos; (2) correlacionar as estratégias e planos nacionais de apropriação social e popularização do conhecimento com uma compreensão crítica da Educação Ambiental; e (3) caracterizar as convergências dos espaços possibilitados pela ciência e tecnologia e sua manifestação política para a prática de uma Educação Ambiental Crítica. Como questão orientadora da pesquisa, foi desenvolvida a seguinte pergunta: A partir das Políticas de CTI, quais são as contribuições e aprendizagens entre a Colômbia e o Brasil para compreender os postulados de uma Educação Ambiental Crítica que problematiza as questões socioambientais e tecnológicas? A metodologia qualitativa adotada foi a pesquisa bibliográfica e normativa, com uma técnica de análise documental. A análise de conteúdo foi utilizada para analisar políticas públicas, leis, decretos, resoluções, regulamentos, planos de ação, estratégias e programas nacionais. Os resultados apontam para a identificação de um entendimento sociológico, histórico e político que questiona como as relações de poder, de intervenção, de produção de conhecimento e de discussão entre ciência e democracia propõem caminhos e novos significados para as questões ambientais por meio de um espaço educacional que traz a dimensão crítica da tecnologia. Seis espaços possibilitados pela política científica e tecnológica foram encontrados nos quais a educação ambiental contribui com o diálogo a partir de suas diferentes perspectivas: conservacionista, pragmática e crítica.